terça-feira, 19 de maio de 2015

   Foi proposto para as crianças em sala de aulas, o tema "Deficiência e Amizade" para a turma do 1° ano.
   A professora fez a leitura do livro  A Felicidade Das Borboletas, da autora Patrícia Secco, que fala da menina Marcele de 9 anos e sua deficiência visual.
   Marcele  faria uma apresentação de bale a sua fantasia representava uma borboleta, e que a música que ensaiou e dançaria fazia com que ela sentisse que estivesse voando. Ela não conhecia borboletas, então em um dia suas amigas  trouxeram muitas borboletas para ela conhecer, colocaram as nas mãos da garotinha, e assim ela pode sentir as suas asas delicadas e depois ela as soltaram.
   Para ela havia muitas coisas especiais que só se vêem com o coração; por exemplo a felicidade das borboletas e as crianças especiais, como ela que enxerga o mundo com seu coração. 
   E dando continuidade na aula a professora deu uma explicação sobre o livro e sobre a deficiência que todos nos somos amigos e esses amigos especiais com suas limitações poderia desenvolver alguma habilidade como a Marcele, assim pediu para os alunos desenharem, aquilo que entenderam sobre a leitura e se conhecem alguma criança com deficiência poderia incluí-la em seus desenhos. 

Aqui está alguns desenhos feitos pelos alunos e sua visão sobre seus amigos deficientes.






Com ajuda da coordenadora Fabiana, fizemos um levantamento de quantas crianças com deficiência e seus tipos.

1 aluna - 1° ano - Encefalopatia não Evolutiva (sequelas de infecção congênita).

1 aluna - 1° ano - Retardamento do Desenvolvimento Neuropsicomotor. 

1 aluna - 2° ano - Síndrome de Down.

1 aluno - 2° ano - Autista.

1 aluna - 3° ano - Síndrome de Down.

1 aluno - 3° ano - Retardo de Desenvolvimento Neuropsicomotor, acompanhado por Hidrocefalia e Paralisia Cerebral.

1 aluno - 4 ano - Síndrome de Down.
   A Legislação Brasileira determina a inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares. O Ministério da Educação, também defende que este processo seja gradativo e que as escola que fazem atendimento especializado continuem com este trabalho.

  Que os docentes recebam a capacitação devida para esta jornada, conhecendo o tipo de deficiência e a historia de vida da criança, a relação com seus familiares e sempre estabelecendo igualdade de condições para o acesso e a permanência destes alunos. A escola tem o dever de fornecer material didático adequado para cada tipo de deficiência e espaços acessíveis na sala de aula, sendo escolas públicas ou particulares.  

  Sou estudante de Pedagogia, este blog faz parte do meu trabalho de faculdade deste bimestre, vou postar um pouco da minha pesquisa na escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Helena Faria de Ferraz no Município de Atibaia, tive a colaboração da professora de longa data, a querida e entusiasmante Carla Aparecida Bertini, que ensina os pequeninhos da sala do 1° ano A com muito amor e atenção.

   Aqui está uma entrevista com a professora Carla, para saber um pouco sobre os desafios em sala de aula, com um aluno com deficiência.

Você como professora passa por desafios ao lidar com alunos com deficiência?
Sim, tanto social, pois alguns alunos discriminam o aluno com deficiência por diversas razões, um deles é o preconceito e outro por terem sofrido alguma agressão destes deficiências (como mordidas e tapas). A parte pedagógica é ter que fazer a adaptação de conteúdo, sem ter a capacitação adequada.

Apesar de alguns alunos apresentares comprometimento motor eles tem a capacidade cognitiva preservada?  
Às vezes sim, e aí a adaptação não se faz necessária, pois o aluno compreende o que está sendo trabalhado. Já minha aluna que tenho em sala não tem o cognitivo preservado, a idade é de 2 anos aí sim é que surge a dificuldade de adaptar o conteúdo.

Sua aluna participa de todas atividades em sala?
Sempre que possível, pois a sua idade mental está bem distante dos alunos do (1° ano).

Os conteúdos trabalhados na sala de aula são os mesmos para ela?
Este ano não. Estamos desenvolvendo um trabalho voltado para a percepção visual/auditiva e motora (comer sozinha, andar sem cair e rolar), na psicometria é mais a massinha, tinta e rolinho de papel crepom.

Você como professora teve que mudar suas estratégias e recursos em sala de aula?
Claro que sim, todo ano que tenho inclusão acontece uma mudança, para que todos os alunos sejam trabalhados em suas dificuldades, porque não é só a inclusão que requer mudanças nas estrategias , alunos com defasagem de conteúdo também.

Ela tem conseguido avançar e acompanhar a rotina escolar? 
Ainda estamos desenvolvendo atividades para este avanço, porque a rotina escolar também depende da participação dos pais.

A criança conta com apoio de um auxiliar?
Sim, chamamos de mediadora.

A criança tem um encontro com atendimento educacional especializado? Dentro na escola?
Sim. Ela frequenta o CAADE (psicopedagoga), na sede em outra escola.

Como garantir esta aprendizagem, o tipo de deficiência influência?
Sim influência muito, pois como professores não temos a obrigação de conhecer todas a deficiências, precisamos de tempo para conhecer a criança e para estudar o assunto já que não há um especialista de cada inclusão para nos capacitar. Tudo está diretamente ligada ao bom senso do professor de estudar e realizar o melhor trabalho possível.

A tecnologia te ajuda em sala, na aprendizagem?
Ajudaria se houvesse esta possibilidade, mas infelizmente este recurso é limitado.

Quantos anos você está dentro da sala de aula? Quantos anos trabalha coma inclusão?
Tenho mais de 30 anos em sala de aula. Desde 2001 eu trabalho com a inclusão.